SOLUCIONADO O MISTÉRIO DO NAVIO ENCONTRADO NO WORLD TRADE CENTER!


NOVA YORK – Em julho de 2010, durante os esforços de reconstrução do World Trade Center, os trabalhadores encontraram algo inesperado: restos de um navio há tempos perdido soterrado a 6,7 metros abaixo do nível da rua, em local que foi transformado em um complexo de estacionamento e segurança do renovado arranha-céu. Agora, cientistas conseguiram solucionar o mistério. Trata-se de uma embarcação produzida em 1773 ou poucos anos depois, em um pequeno estaleiro perto da Filadélfia. E mais, o navio foi feito com o mesmo tipo de carvalho-branco usado na construção de partes do Salão da Independência, onde a declaração da independência e a constituição americana foram assinadas.

Os arqueólogos chegaram a essa conclusão após análise dos anéis de algumas das tábuas encontradas. A embarcação, com quase dez metros de comprimento, foi escavada e enviada para o Laboratório de Conservação Arqueológica em Maryland, onde está sendo mantida submersa em líquido para evitar sua deterioração. Mas alguns fragmentos foram enviados ao Laboratório Tree Ring, em Nova York, onde foram secos lentamente para a análise dos anéis.

A pesquisa, publicada este mês na revista científica “Tree-Ring Research”, descobriu que as madeiras usadas na construção do barco foram derrubadas em 1773, sendo que algumas tinham mais de cem anos de idade, pela análise dos anéis dos troncos. Para determinar o local de extração, os cientistas compararam a amostra com padrões de árvores vivas e outras amostras arqueológicas.

- O que faz os padrões dos anéis do tronco das árvores de uma mesma região serem parecidos, em geral, é o clima – explicou Dario Martin-Benito, líder da pesquisa, em entrevista à emissora CBS.

Em locais mais secos, os anéis são mais finos que os encontrados em regiões mais chuvosas, explica o pesquisador. A análise foi ajudada pelo fato de a madeira encontrada ser de uma espécie específica, encontrada apenas na região leste da América do Norte, o que limitou o escopo da pesquisa, já que o carvalho é encontrado em todo o mundo.

A assinatura da madeira do navio bateu com o de árvores antigas da região da Filadélfia e de amostras retiradas no Salão da Independência, construído entre 1732 e 1756.

- Naquele período, na Filadélfia, ainda existiam muitas florestas antigas, que estavam sendo derrubadas para a construção de navios e o Independence Hall – disse Martin-Benito.
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