A pouco mais de dez dias da eleição, a campanha de Dilma Rousseff conseguiu chegar onde queria: abrir vantagem sobre o segundo colocado (Dilma 38%; Marina Silva 29%) e eliminar a vantagem da adversária no segundo turno (41% a 41%), conforme revela pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira. As mudanças por dentro da pesquisa são sutis, mas valiosas para Dilma Rousseff, que está na frente em todas as regiões, com exceção do Sudeste. Em São Paulo, por exemplo, Dilma está parada em 25% das intenções de voto. Se não conquistou mais eleitores, ela também não perdeu entre os paulistas. Se não consegue puxar o candidato ao governo pelo PT, Alexandre Padilha, que está com 8% das intenções de voto, o desgaste do partido no Estado também não fez piorar sua situação entre os quase 33 milhões de eleitores paulistas.
As pequenas mudanças visíveis na pesquisa Ibope incluem uma pequena recuperação, por exemplo, em Pernambuco. Desde a morte de Eduardo Campos, Dilma havia perdido a dianteira no Estado. Mas, nesta semana, depois de uma visita ao Estado ao lado do ex-presidente Lula, ela recuperou e ultrapassou Marina Silva com ligeira vantagem. Mas recuperou.
A pior notícia para Marina Silva veio de São Paulo, onde Dilma não se movimentou. Lá, Marina perdeu seis pontos porcentuais: caiu de 38% para 32% das intenções de voto. E Aécio ficou com quatro pontos, mas continua em terceiro lugar.
O resultado desta pesquisa Ibope indica que a estratégia de Dilma e Aécio contra Marina deu certo. A candidata do PSB perdeu um ponto porcentual e confirmou a tendência de queda. Melhor para Dilma que ganhou dois pontos e abriu vantagem. Igual para Aécio que ficou nos mesmos 19% das intenções de voto.
Vale lembrar: o Ibope mostra que 74% dos eleitores não aprovam a troca de acusações na campanha. Mas que tem eficácia, isso tem. Dilma que o diga.
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